sexta-feira, 1 de abril de 2016

Para Todos Os Garotos Que Já Amei - Jenny Han

sexta-feira, 1 de abril de 2016



Autor(a): Jenny Han
Editora: Intrínseca \ EUA:  Simon & Schuster
Páginas: 320


Sabe aqueles livros despretensiosos, como uma história bem simples com cara de clichê? "Para Todos os Garotos que Já Amei" é exatamente assim, mas para minha surpresa eu me vi completamente ligada aos personagens, e por mais água com açúcar que a história seja, me apaixonei.

Lara Jean tem dezesseis anos e vive com as duas irmãs - uma mais velha e uma mais nova - e o pai que faz de tudo para que as filhas não sofram tanto com a falta da mãe que faleceu alguns anos antes. A irmã mais velha, Margot, é quem cuida da casa e da família. Quando ela vai para uma faculdade na Escócia essa tarefa passa ser de Lara Jean.

Enquanto a jovem tenta se adaptar com a falta da irmã e com as novas responsabilidades, sua vida amorosa, que até então era quase nula, dá uma reviravolta. Lara Jean sempre teve um hábito: ela escreve cartas de amor para os garotos por quem ela se apaixona, e nelas ela conta tudo o que sente. As cartas não são entregues aos seus destinatários, ela guarda todas em uma caixa de chapéu no seu quarto. É escrevendo essas cartas que Lara Jean consegue superar seus sentimentos.

Misteriosamente essas cartas são enviadas e alguns garotos começam a procurar Lara Jean para uma explicação. Dentre os remetentes está Josh, o ex-namorado de Margot! Tentando se livrar do problema, e pra mostrar que as cartas fazem parte de um passado distante, Lara Jean inventa uma relação com um garoto da escola, Peter, que por sinal também recebeu uma carta.

A história é bem fofinha. Acho que o me deixou tão ligada ao livro foram as personagens, que são ótimas. Lara Jean é bem ingênua ás vezes, mas ela é engraçada e muito romântica. O mais legal é que o livro não foca só na vida romântica dela, dá pra perceber que a autora quis mostrar também um pouco sobre a relação familiar. Sempre temos aqueles altos e baixos com as nossas famílias e vemos isso no decorrer da leitura. O texto de Jenny Han é muito leve e rápido.

Outra coisa muito interessante é o fato de que a protagonista não é uma garota branca - como muito bem representado na capa, que é muito linda, por sinal!. Isso não deveria ser motivos de aplausos, deveria ser tão comum e normal quanto qualquer outra coisas que vemos em livros, mas ver a personagem principal sair um pouquinho do esteriótipo tão marcado na literatura, é algo muito bom. Lara Jean não é coreana, mas é descendente de tais. Jenny Han aproveita para colocar no meio da história alguns detalhes dessa cultura, o que já deixa o livro mais original.

O final me deixou maravilhada. Apesar de toda a história ter aquele ar de "já vi isso antes" no fim Jenny Han deu um grito de originalidade. Nada muito surpreendente, mas foi o suficiente para fechar temporariamente a história com chave de ouro!

A continuação "P.s. Ainda Amo Você" já foi lançada também pela Intrínseca!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Eu vou sentir sim.

segunda-feira, 14 de março de 2016
Não vou conseguir entender nunca o que está acontecendo nesse momento. Parece que todo mundo resolveu se proteger com uma armadura, um escudo gigante de ferro e se esconder das outras pessoas. E quem não tem esse escudo, está totalmente errado, desprotegido e correndo o enorme risco de demonstrar sentimentos. De deixar o outro saber quem ele realmente é.

 Eu não consigo entender o porque disso ser tão ruim assim. Todos os dias eu vejo alguém no facebook, twitter, instagram, dizendo que tem um enorme papel de trouxa para imprimir ou que ‘as atualizações de trouxa foram atualizadas’ e várias outras piadinhas.




Não vou dizer que eu fui a diferentona e sempre gostei de demonstrar os meus sentimentos, muito pelo contrário: Fazia questão de esconder, tinha vergonha de sentir e deixava tudo o que eu sentia me sufocar. Mas acabei de perceber que isso não é legal, faz mal e eu não nasci para guardar um monte de coisa dentro de mim. Se eu sinto, eu falo. É bem simples. Eu não estou errada, eu não sou louca e nem trouxa. A outra pessoa do outro lado que vai ser errada, trouxa e louca se debochar ou se não se permitir sentir também. É bem simples.

Não vou conseguir entender nunca porque inverteram os papéis.
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